Já não faz o menor sentido
Rezar e pedir por alegria,
Se, ao final de cada longo dia,
Eu queria mesmo é não ter nascido.
É indiferente a cor do meu paletó
E a direção para onde caminho,
Se aqui estou, preso ao meu ninho,
Condenado a passar a eternidade só.
De nada valeram palavras reais,
Que, sem propósito, se perderam
E foram deixadas para trás,
Junto com sentimentos que morreram.
Não consigo mais lembrar-me de sua voz
E nem de como sorriamos antes.
Lembro-me apenas dos vários instantes,
Onde, no meio do nada, só havíamos nós.
Por Thiago Vieira
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