Sinto, amor, assim, dizer-te
Que tudo o que eu tinha no peito
Sumiu, de repente, do mesmo jeito
Que brotou em nosso primeiro flerte.
Não é possivel, com palavras, explica-te
Como um amor doce e juvenil,
Sobrevivente deste mundo cruel e vil,
Das minhas veias já não faz mais parte.
Todos os sorrisos brancos e inocentes,
Assim como a certeza no futuro,
Foram jogados no vazio escuro
E agora jazem ao lado de gestos incoerentes.
Sinto chamar-te ainda de amor,
Mas é o que és para mim,
Ainda que após o duro fim,
Tenhas me privado de todo o seu calor.
Sentimento ignorado e indigente,
Purificado e resignado do erro.
Eis que, enfim, abandonou o desepero
Para provar que pode amar diferente.
Por Thiago Vieira
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